30 junho 2008

Steve Jobs - The "1984" Ad Introduction

Outro Titã resgatado do Baú da vovó! Igualmente fantástico!

Bill Gates na IBM

Era uma vez um garoto que nada tinha de concreto, mas que tudo tinha de sonho grande e atitude...



Quem arrisca a fazer igual?
PS: Se arriscar, lembre-se de cumprir... =)

25 junho 2008

Empreendedorismo na China - do Estatal ao negócio próprio de milhões

Por décadas, os estudantes universitários chineses acalentaram o sonho de trabalhar numa estatal e garantir a segurança da família. Hoje, eles querem ter um negócio e ficar milionários

Yin Mingshan, dono de um dos maiores grupos privados da China: da pobreza absolutaa um faturamento de 1,6 bilhão de dólares

O empresário Yin Mingshan, dono de um dos maiores grupos privados da China, cresceu num país onde cultivar tendências capitalistas era crime punido com prisão. Tornou-se um fora-da-lei aos 13 anos, quando tomou 50 centavos emprestados, comprou um punhado de agulhas e passou a vendê-las de porta em porta. Sete anos depois, o governo lançou seus tentáculos ideológicos sobre Yin, que foi acusado de trair a pátria, julgado e preso — condenado a passar o resto da vida nos campos de reeducação criados por Mao Tsé-tung para desvirtuados como ele. Ficou na cadeia durante as duas décadas em que os desvarios maoístas atingiram seu apogeu. Em 1979, foi avisado de que sua prisão havia sido apenas um mal-entendido. Estava livre. “Somente nesse dia vi que poderia voltar a ser uma pessoa normal”, disse Yin a EXAME na sede do grupo Lifan, hoje um dos maiores fabricantes de motocicletas da China.

Trinta anos depois, as histórias dos primeiros empreendedores são repetidas como mitos de formação dessa nova China. Alguns dos mais bem-sucedidos empresários chineses dessa época começaram do zero absoluto, sem dinheiro ou preparo acadêmico. O ex-presidiário Yin Mingshan fundou a Hongda, sua modesta oficina mecânica, em 1992 (o nome não é coincidência). Tinha nove funcionários e começou a se dedicar com afinco à nobre arte da engenharia reversa (desmontar equipamentos para aprender a montá-los). Logo conseguiu produzir cópias das motos japonesas e vendê-las pela metade do preço. Hoje, aos 70 anos, tem 14 000 funcionários, também faz carros e fatura 1,6 bilhão de dólares por ano. Outros casos de sucesso a partir do nada são famosos. Li Dongsheng vendia fitas magnéticas num fundo de quintal nos anos 80. Hoje é dono da maior fabricante de TVs do mundo, a TCL.

Quando o professor Robert Barro, de Harvard, afirmou que a China era o país mais capitalista do mundo, estava evidentemente fazendo uma provocação. Afinal, o país está muito longe de ter instituições sólidas ou um mercado financeiro sofisticado. Mas quem visita a China hoje vislumbra o fundo de verdade dessa frase. Os chineses estão desesperados para aproveitar a onda de crescimento que transformou o país nos últimos 25 anos. Mais de 400 milhões de chineses deixaram a miséria no período. E essa onda de geração de fartura deu origem a uma classe social que não existia antes: os milionários.

Esse estado mental causou uma mudança na forma com que os chineses encaram o risco. Até os anos 90, os estudantes universitários acalentavam o modesto sonho de trabalhar numa estatal, ter estabilidade e garantir a segurança da família. A enxurrada de exemplos de empreendedores e os anos de crescimento, porém, incendiaram a juventude chinesa, que passou a nutrir sonhos mais ambiciosos. Como os séculos mostram, no capitalismo ganha mais quem arrisca mais — e os chineses, agora, estão dispostos a tentar. “Se camponeses sem instrução alguma conseguiram, minha geração tem obrigação de fazer melhor”, diz Lan Haiwen, um xangainês de 35 anos e dono de três diplomas universitários. Ele largou o emprego de vice-presidente de uma multinacional para arriscar tudo numa produtora de games. Faliu e perdeu o que tinha. Na segunda tentativa, as coisas começaram a melhorar.

Essa atitude é movida também por um imenso otimismo em relação ao futuro. Há, na China, a percepção de que se vive uma era de oportunidades única: é a hora, portanto, de apostar alto.

Fonte: adaptado de Exame

04 junho 2008

Um Oscar para a inovação no Design

Versão nacional do Idea, concurso de design dos EUA, premia 53
produtos, projeta brasileiros no exterior e traz à tona a discussão
sobre o papel do design na economia

O conceito de design é amplo. Não é artesanato nem arte. Muito menos algo no meio do caminho entre os dois. É conceber um produto ou um processo com preocupações não só estéticas, mas também funcionais e econômicas.

“O que chamou a atenção foi a quantidade de empresas interessadas em participar. Normalmente, os prêmios de design no Brasil despertam interesse só dos profissionais”, afirma Joice Joppert Leal, coordenadora da Objeto Brasil, entidade sem fins lucrativos para promoção do design e representante do prêmio americano no País.

Segundo ela, todos os vencedores concorreram automaticamente ao prêmio nos EUA. Lá, a entrega dos troféus está marcada para 18 de julho. Já se sabe que doze produtos brasileiros serão premiados na disputa mundial. O nome deles ainda é mantido em segredo.

“Os europeus enxergam o design brasileiro há muitos anos, mas nos últimos cinco anos os americanos e o resto do mundo começaram a olhar para a produção daqui com outros olhos”, diz Newton Gama, dono da N Gama Design e que por 26 anos esteve à frente da área de design da Whirlpool, multinacional americana dona da Brastemp.

Mais do que o reconhecimento individual de cada um desses profissionais, o Idea servirá como uma chancela ao design feito no Brasil, diz Lincoln Seragini, que participou do prêmio com duas criações - o Café Octávio, de São Paulo, cuja planta baixa tem o formato de um grão de café, e uma máquina de café de coador para a Universal, empresa de médio porte de Petrópolis (RJ) que estava perdendo bons clientes (padarias, principalmente) porque ainda vendia uma cafeteira antiquada.

Os brasileiros não são estreantes em prêmios internacionais de design. Na década de 70, uma dupla de designers gaúchos, Nelson Ivan Petzold e José Carlos Bornancini, colocou o desenho brasileiro no catálogo de vendas da loja do MoMa, o Museu de Arte Moderna de Nova York. O produto? Talheres de camping criados para a empresa Zivi-Hércules, hoje Mundial.

Outros grandes nomes cresceram com a evolução da indústria local, como Freddy Van Camp e Newton Gama na Cônsul, Oswaldo Mellone, que desenhou maçanetas para a Papaiz, e Angela Carvalho, “dona” do ventilador de teto da Singer. Mais recentemente, Guto Índio da Costa, outra referência no assunto, transformou um ventilador de teto, batizado de Spirit, em ícone do design contemporâneo.

A aproximação com o artesanato projetou nomes como o de Renato Imbroisi, que trabalhou com vários tecelões de diversos Estados do Brasil e de Moçambique, na África, Claudia Moreira Salles, que cria móveis sofisticados com detalhes em palha produzidos por artistas do Piauí, e Carla Tenembaum, que aproximou o artesanato das tecnologias de aproveitamento de resíduos industriais.

Ninguém duvida do potencial criativo do Brasil. Mas ainda há muito a ser feito nessa área. Ao mesmo tempo em que revela um tesouro escondido da maioria dos brasileiros, o prêmio Idea também traz à tona uma discussão importante sobre o papel do design na economia brasileira.

As empresas brasileiras, principalmente as exportadoras, têm uma demanda latente por design. Quando o Brasil começou a exportar de verdade, a partir de 2001, as empresas tinham um cenário razoavelmente confortável. Com o real desvalorizado, era possível ganhar mercado com preço baixo. Experiências mostraram que competir por preço com a China tornou-se praticamente inviável. Muitas empresas brasileiras quebraram no meio do caminho. Outras foram bem-sucedidas justamente porque apostaram em inovação, caso dos chinelos Havaianas e das sandálias Melissa, que levaram para o mundo um autêntico design brasileiro.

Fonte: O Estado de S.P.

03 junho 2008

"Brasil é meu favorito", diz criador do Bric

Economista do Goldman Sachs, Jim O'Neill, diz que país atrairá investimentos,
mas que queda das commodities será "desafio"

Criador da expressão Brics, o economista-chefe do banco Goldman Sachs, Jim O'Neill, afirma que o Brasil é atualmente o país "mais interessante" entre os que compõem o acrônimo formado por Brasil, Rússia, Índia e China.
Entrevista na íntegra

"Em termos cíclicos, as oportunidades de investimento no Brasil estão melhores do que nos outros Brics", disse O'Neill.

Apesar das boas expectativas, O'Neill acredita que o Brasil está surfando "tranqüilo demais" neste momento por causa do boom dos preços das commodities.

"Saberemos se o Brasil está indo para algum lugar quando os preços das commodities começarem a cair. O forte aumento nos preços tornou as coisas muito fáceis para o Brasil", afirma O'Neill. O economista projeta uma queda de até 20% nos valores das commodities a médio prazo.

O'Neill também vislumbra o risco de o Brasil estar sofrendo um lento processo de desindustrialização por conta da prevalência das exportações de commodities em detrimento de setores mais sofisticados.

Mesmo assim, afirma que as autoridades brasileiras devem "parar de se preocupar" com o câmbio e se concentrar no combate à inflação.

Fonte: Folha de São Paulo
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Inovar não é tão fácil quanto no passado, diz criador do YouTube

Dá para inovar, mas é preciso se esforçar mais do que antes. A idéia não cairá do céu em 15 minutos.

Para Hurley, seria difícil o site crescer sem o Google, que o adquiriu por US$ 1,65 bi

Chad Hurley, na época com 31 anos e especialista em interfaces para usuários, e alguns amigos tropeçaram na idéia do YouTube há pouco mais de três anos, quando quiseram compartilhar vídeos e acharam os serviços existentes pouco convenientes. Em 2006, o YouTube já era um fenômeno cultural tão grande que o Google pagou US$ 1,65 bilhão por ele. Eric Schmidt, executivo-chefe do Google, acredita que o vídeo on-line é o avanço mais importante da web nos últimos 12 meses.
entrevista na íntegra - clique aqui.

PERGUNTA - Você tem saudade de quando o YouTube era só você e seus amigos fazendo algo divertido?
HURLEY - É bem mais fácil quando são apenas duas pessoas criando um produto. Mas, à medida que a equipe vai crescendo -e você tem um sistema que é usado por milhões de pessoas-, não é mais tão fácil tomar decisões rápidas. Estamos contentes por inovar mais ou menos rapidamente, mas não é como no passado.

PERGUNTA - Você lamenta a perda da independência após a aquisição?
HURLEY - Não. Foi uma decisão difícil, mas provavelmente teria sido muito difícil para o YouTube [sozinho] sobreviver e crescer como tem feito. Pudemos resolver muitas limitações e tensões impostas ao sistema, quando precisávamos de mais máquinas para acelerar a quantidade de vídeos exibidos. Fazemos parte do Google, mas nos sentimos independentes. Temos nosso escritório.

PERGUNTA - Como vocês prevêem ganhar dinheiro?
HURLEY - Com uma combinação de coisas. Temos anúncios "in-vídeo", no qual a pessoa participa clicando sobre um anúncio ou fazendo passar um vídeo dentro do que está vendo.

PERGUNTA - Vocês não se sentiram tentados pelo "pre-roll" (em que o usuário tem de assistir a um anúncio antes de ver o vídeo que escolheu)?
HURLEY - Os "pre-rolls" teriam sido uma ótima solução para ganhar muito dinheiro rapidamente, mas poderiam prejudicar a comunidade construída. A motivação para a entrada para o Google foi o desejo de alavancar a maneira como as pessoas podem promover vídeos, como promovem sites.

PERGUNTA - Alguns criadores tradicionais de conteúdos estão criando os próprios sites, como a Hulu. Serão futuros concorrentes?
HURLEY - Eles são mais competitivos que as emissoras de TV tradicionais ou outros serviços de vídeo sob demanda. Estamos trabalhando com a Hulu: ela tem um canal (no YouTube) em que coloca clipes promocionais para atrair tráfego. Estamos abrindo nossa API (interface de programação de aplicativos), para que as pessoas façam aplicativos de vídeo baseados no que desenvolvemos.


Adaptado de: CHRYSTIA FREELAND
DO "FINANCIAL TIMES"